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Quando pensamos em impacto ambiental, e principalmente, em sustentabilidade na moda, não pensamos de maneira cíclica - a forma correta de exergar e lidar com os problemas. Porque ao usufruirmos de um produto, precisamos refletir sobre o ciclo de vida do mesmo -  da fibra têxtil à fábrica e daí ao consumidor, ao local de descarte e uma eventual reutilização.

E, é baseado nos livros "Moda e Sustentabiliade" e "Moda Ética para um Futuro Sustentável, que iremos mostrar como precisamos pensar e enxergar de maneira ampla e significante para solucionar problemas do passado e do presente que influenciarão o nosso amanhã. 

Moda e Sustentabilidade - Capítulo 6 e 7: Adaptabilidade e Vida Útil Otimizada

  • Aline Antunes, Renata Marcelle, Isabela Trajano
  • 6 de nov. de 2015
  • 5 min de leitura

Introdução


Neste capítulo falaremos a respeito da adaptabilidade de um produto, processo ou sistema no meio sustentável. Sabemos que no mundo da moda a sustentabilidade é praticamente esquecida pelas indústrias, por ser um processo demorado e bem complexo.

O capítulo 6, se trata de algumas de algumas opções de vestuários versáteis e multifuncionais, que dão ao consumidor a conciência de que não é necessário quantidade e sim, qualidade no produto.

O capítulo 7 se trata de formas de otimizar a vida de um produto atualmente. Devido ao fácil acesso a mercadorias e formas de pagamento, o consumidor acabou deixando de lado o significado cultural ou emocional. Muitas vezes, o indivíduo acaba consumindo pelo simples fato de um produto estar em promoção, o que é errado. Neste capítulo é possível notar algumas soluções para que os sistemas de moda sejam reinventados e também para que também o consumidor crie consciência de uma peça útil e eficaz, deixando de lado o desejo do consumismo.


Capítulo VI - Adaptabilidade


ADAPTAR:


1. Tornar adequado ou apropriado, transformando ou ajustando.

2. Ajustar(-se) as circunstâncias novas ou modidicadas.


As estratégias da adaptabilidade visam intensificar o uso para aumentar a eficiência com que cada peça de indumentária é usada - isto é, obter mais rendimento do mesmo insumo.

Por si só, nos permite aproveitar mais a peça, embor seja um ciclo maior que começa por desacelerar o consumo total e desafiar os modelos de negócios.

A adaptabilidade visa ajustar-se a novas circunstâncias ou modificadas.


Adaptabilidade no contexto de negócios


Para indústrias, corporações e grandes negóvios adaptar é um processo lento e de incômodo - a inércia absoluta inibe sua capacidade de flexibilizar e mudar.

"O próprio sistema tende a eliminar a inovação em nome de ideias úteis e convenientes para o modo de operação estabelecido." CHAPMAN; Jonathan.

O desafio da adaptabilidade é formentar a heterogeneidade ao modo de pensar e o design de roupas se adaptem a circunstâncias variadas. Ela requer um papel mais proativo dos usuários, ao transformar a forma de uma peça. Dos designers uma mudança de foco da criação de uma peça acabada à de um trabalho em progresso, uma peça cambiante, crescente, em transformação.

A adaptabilidade pode ser vista como uma forma de satisfazer o desejo do ususário final, pela variedade e por otimizar a produtividade material; mas por seu foco em transformação e flexibilidade, também pode aumentar a resiliência da indútria no prazo e nos preparar melhor para uma época em que as mudança e os riscos -físico, econômico, ecológico e social estarão na ordem do dia.


Versatilidade e multifuncionalidade


A adaptbilidade pode se manifestar de várias formas, pois um produto compõe-se de atributos. A cor, a silhueta, a textura, a estampa, a função e as minúcias, todas oferecem oportunidades de manipulação e transformação. E cada qual, em maior ou menor grau desafia o status da moda industrial. Os atributos da versatilidade funcional tendem a ser invisíveis, nas roupas ajustam-se bem ao nosso estilo de vida moderno, pois quando a velocidade e a conveniência são os mais importantes, os atributos invisíveis permitem passar logo de uma situação social ou condição ambiental à outra, e fazem poucas exigências aos usuários para que ele desacelere ou pare para fazer ajustes físicos nas roupas.


Roupas Versáteis


A peça de uma roupa funcionalmente versátil substitui outras. Contudo, se o comportamento do usuário não for devidamente estudado, nada garante as econômicas feitas em um único produto versátil não sejam desperdiçados em nova aquisição. O principa desafio é influenciar o comportamento do consumidor e o modelo de crescimento.


Jaqueta REI com isolamento térmico, proteção contra o vento e impermeabilidade.

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Roupas Multiuso


As pessoas são instáveis e emotivas, volúveis e inconstantes, e vivem em uma sociedade cujos valores e crenças estão em contínua transformação. Os produtos fabricados em escala industrial ainda que versáteis, são fisicamente estáticos. As peças de multiuso tratam de lidar com essa inércia, construindo uma relação mais sólida e duradoura entre o produto e consumidor, por meio de múltiplos níveis de envolvimento.


Roupas Transazonais


As peças transazonais possuem a lógica dominante na indústria. Em vez de adotar novos modelos e palhetas de cores que duram semanas, os designers identificam cores que tendem a funcionar em diferentes estações e combinações de guarda-roupa.



Modularidade


As roupas modulares possibilitam a participação lúdica e criativa do usuário e, por se adaptarem a necessidades e preferências pessoais, podem trazer uma sensação duradoura de satisfação.


Vestido adaptável que pode ser personalizado, permite a remoção de uma das partes através do zíper.

Roupas que mudam de forma


A mudança de silhueta ou forma de uma peça de indumentária é, talvez, o mais desafiador em todos os níveis, pois a forma literalmente estabelece limites e parâmetros físicos para o trabalho dos designers e define o espaço em que se movem os usuários.


Os quadrados de feltro da estilista Galya Rosefeld podem ser acopiados com muitas possibilidades de formas diferentes.

Capítulo VII - Vida útil otimizada


Com a velocidade da indústria em produzir “quantidade” e não “qualidade” para bater metas comerciais e garantir suas rendas, já não conhecemos mais os fabricantes ou a origem dos materiais. As roupas perderam o sentido. Estão “empobrecidas” de acordo com a opinião de Jonathan Chopman.

Com os produtos de fácil acesso, as pessoas acabam descartando a peça (em bom estado) apenas substituí-las por novas tendências. Para considerar um produto durável é preciso observar:

- Comportamento

- Estilo de Vida

- Desejos

- Valores Pessoais


EMPATIA:


1. Aprender a compreender emocionalmente um produto.

2. Compreender o sentimento do outro.


As pessoas deverão ter uma conexão emocional com as peças, sabendo a ideia e a história daquela roupa, e talvez assim a vida útil (durabilidade) do produto aumente e colabore com a sustentabilidade. Mas com esse mundo material, o desafio é fazer os produtos despertarem empatia.


Palavras de ordem: “Otimização absoluta da vida útil”


Mudanças na cultura, comportamento sociais e práticas de negócios. Não pensando somente nas vendas em massa, e sim, na qualidade e durabilidade da roupa.


Vida Útil Otimizada (Categoria Sustentável da Moda)


Tecidos reciclados e biodegradáveis (modelo cradle to cradle)

- O sapato “sugar and Spice” (que não vingou por falta de infraestrutura industrial)



- Serviço de aluguéis de bolsas: AVELLE

Múltiplas abordagens à durabilidade


Cenários futuros: estudos para tentar entender o que pode acontecer daqui algumas décadas.


Projeto Lifetimes de Kate Fletcher e Mathilda T.:


Pesquisa detalhada do vestuário para desenhar peças mais engenhosas considerando velocidade do tempo.


"Lifetimes explora sobre as conexões criativas entre roupas da moda, tempo e sustentabilidade.

O projeto Lifetimes pergunta sobre os relacionamento que você tem com o conteúdo de seu guarda-roupa. Nele nele perguntamos sobre a maneira como você usa suas roupas e quanto tempo elas duram. Perguntamos sobre moda e como podemos começar a relações entre moda, roupas e consumidores que promovem o pensamento ecológico e sustentabilidade."


Estudo com base em índices:


-Vida prolongada

-Durabilidade

-Materiais

-Uso e serviço


Lifetimes Project

Metabolismo – Guarda Roupa


Considerando abordagens como o Lifetime (mostrado anteriormente), podemos imaginar uma época em que todos conheçam o “metabolismo” do seu gurda roupa e tenham a capacidade de ajustá-lo, ao invés de esvaziar para colocar peças novas, de acordo com as tendências. Com esse pensamento, as roupas serão retrabalhadas, compartilhadas e reutilizadas sem requisitar novos produtos.


 
 
 

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