Moda e Sustentabilidade - Capítulo 12: Velocidade na Moda
- Baseado no livro moda e sustentabilidade kate
- 10 de nov. de 2015
- 3 min de leitura

O modelo de negocio predominante na indústria da moda, voltado para o mercado de massa e a produção e venda de roupas baratas e homogeneizadas, em quantidade cada vez maior, baseia-se na rapidez. A produção de matéria prima não acompanha a rapidez no abastecimento dos estoques das lojas. Aumentar a velocidade das operações é apenas um mecanismo pelo qual se alcança o crescimento. Aumentar o ritmo das atividades da moda faz crescer o volume das roupas produzidas e consumidas, pois ao colocar mais rapidamente um desenho no mercado, uma empresa sai na frente das concorrentes e tem mais oportunidade de vender. Há também o aumento da frequência da renovação dos estoques introduzindo mini coleções, explorando o desejo do consumidor por novidades e leva ao aumento das vendas. É inevitável o aumento da demanda de recursos materiais e mão de obra, ditado por uma produção de mercadorias cada vez maior. Ate agora ,as empresas da moda que escolheram lidar com os impactos da produção sobre a sustentabilidade concentrara-se em aumentar a eficiência no uso de recursos (produzir mais com menos) e implementar boas praticas laborais como forma de mitigar os efeitos nocivos de atividades de negocio cada vez mais aceleradas.
Sustentabilidade: condição de processo ou sistema que permite sua permanência em certo nível por um determinado prazo.
economia: ciência que consiste na análise da produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
É também a ciência social que estuda a atividade econômica, através da aplicação da teoria econômica, tendo, na gestão, a sua aplicabilidade prática.




O rápido e o lento combinam-se para promover vitalidade no curto prazo e estabilidade no longo prazo.
Os sistemas de regulação lentos contêm partes rápidas, refletindo as sutilezas de desenhar visando a um equilíbrio de ritmos e velocidades de usos inspirados na natureza.

A rapidez na moda analisada em mais profundidade
Nos últimos anos, os jornais tem dedicado muito espaço ao Fast Fashion, onde a impressa retrata os efeitos da moda rápida como indesejáveis, mas tende a formular soluções. como extensões e /ou modificações de status quo, e insinua, por exemplo, que se uma fibra for substituída por outra de menor impacto, os volumes podem continuar aumentando e as preferências econômicas atuais podem permanecer inabaladas.

Sempre que há um sistema vigente dominante paralelamente surgem outras formas de pensar e agir, para contrapor ou mesmo encontrar soluções para problemas gerados pelo atual sistema.
Esse conceito de" lento" teve inicio no setor alimentício em 1986 por Carlo petrini na Itália . Após decadas de dominação do fast food simbolizado pelo Mc Donald's com cardápio homogêneo em todo o mundo com exceção na Índia.
O monimento slow food surgiu para retomar o prazer de comer algo tradicionalmente local, com produtos da região. Inspirado no slow food e como antítese do fast fashion surgiu o slow fashion. Neste sistema nao há lançamento constantes, pois as peças tem modelagens cuidadosamente acertadas, com design atemporal que persiste por mais de uma estação, produzido com tecidos nobres, naturais ou eco inteligentes, são portanto duráveis e de alta qualidade. Alguns conceitos como aproveitar a mao de obra local, mareria prima e aspectos culturais da região.
O slow fashion é também descrito como moda verde pois trabalha com conceitos éticos, em seus âmbitos econômicos, ambiental e social.
Fairtrade certificado, um selo validado por multi-stakeholder, que fixa um preço mínimo baseado no custo real da produção.
zady.com (site de compras de moda sustentaveis)
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