Moda e Sustentabilidade - Capítulos 15 a 18
- Beatriz Verônica, Gabriela Mariano, Hellaine Borja
- 13 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
Transformando a Prática do Design de Moda
Quando pensamos no designer de moda, logo, associamos sua imagem ao consumismo, pois suas ideias influenciam diretamente a novas tendências, que por sua vez, influenciam a rotatividade, cada vez mais rápida, da "moda". Entretanto, essa intervenção pode e deve ser positiva, pois o designer tem, com sua criatividade o poder de conscientizar de várias maneiras a sociedade de hoje - consumidora desenfreada -, a adotar hábitos mais sustentáveis em relação à moda. E é isso que iremos exemplificar abaixo.
Capítulo XV - O designer como educador-comunicador
Ao se colocar no papel de educador-comunicador, o designer, assume a responsabilidade de fazer a ponte entre os produtores e consumidores, evidenciando sem "máscaras" o ciclo da moda, a partir da extração de matéria-prima, a produção, ao produto final, e posteriormente, ao descarte de produtos - muitas vezes em bom estado, mas não mais na moda. Esse é um papel que precisa ser desenvolvido não só na área de moda, mas em todas, na sociedade em geral, pois é com cabeças "pensantes" e criativas, que conseguiremos colocar em prática a sustentebilidade.
O vídeo "Mirror/Africa", de 2008, da artista Nicole Mackinlay, é uma forma de conscientizar os consumidores sobre o fornecimento de moda africana.
Capítulo XIV - O designer como facilitador
O design colaborativo é uma forma do designer expressar seu lado facilitador. Ao orientar com sua experiência, o usuário, que desenha e confecciona sua própria roupa. Permite uma mudança no comportamento do mesmo, já que passam de consumidores para cidadãos ativos, o que traz um senso de responsabilidade e interação.
Também existem projetos como o intercâmbio de roupas, nesse caso a função do designer é criar um processo viável para o intercâmbio e preparar um evento que crie uma nova experiência. Como é o caso do Swap-O-Rama-Rama, dos EUA, onde você pode trocar suas roupas e/ou pode transformar suas peças novas em oficinas de costura com a ajuda de designers capacitados.
Capítulo XVII - O designer com ativista
O objetivo de um designer ativista é ter liberdade criativa, poder desvencilhar-se da cultura corporativa e assim criar projetos e produtos, que promovam a sustentabilidade. Um exemplo, são os designers que criam ONGs para desenvolver com independência e colocar em prática seus projetos. Um projeto muito legal, é o "Street Store", que promove uma doação de roupas onde as pessoas que necessitam desse tipo de ajuda, tem a possibilidade de escolha.
Capítulo XVIII - O designer como empreendedor

O designer possui um importante papel como potencial gerador de mudanças, e pensando nisso Joana Macy propõe o processo de inovação sistêmica que, por meio da mudança de pensamento e de comportamento, são gerados parâmetros para produção têxtil dentro de limites ecológicos, e é justamente dentro desses que se podem explorar melhor suas capacidades limitadas.
Empresas como a Alabama Chanin são a prova de que é possível prosperar dentro dos limites ecológicos definidos. A marca mantém seu foco na tradição da comunidade local, trazendo um olhar atencioso ao que muitos desprezavam, gerando uma importante interação entre os produtores e a comunidade.
Esse tipo de modelo empreendedor volta-se para a lentidão do trabalho manual e acima de tudo, buscam sua singularidade, mostrando que o design pensado dessa forma pode sim, chegar a tranformar a indústria da Moda.
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